EDUCAÇÃO PARA O LAZER EM AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA: DESVENDANDO “BOAS PRÁTICAS”

Karine do Rocio Vieira dos Santos, Simone Aparecida Rechia, Aline Tschoke Vivan

Resumo


Esta pesquisa qualitativa analisou como oito docentes da disciplina de educação física curricular materializam o fenômeno lazer em suas práticas pedagógicas. Nosso problema central se vinculou a questão: Como educar na escola para que os alunos sejam sujeitos ativos no processo de escolha das suas opções de lazer? Como estratégias metodológicas utilizou-se questionários e entrevistas semiestruturadas. Os dados foram sistematizados em duas categorias de análise sendo estas: O cotidiano da educação para o lazer nas aulas de educação física: como os professores educam para o lazer? E o lazer na escola como possibilidade de ampliação do repertorio cultural. Conclui-se que é necessário uma seleção e organização dos conhecimentos sobre o lazer que sejam adequadas ao contexto social e histórico do qual fazem parte os sujeitos em questão e que as metodologias possibilitem o aprendizado “crítico-criativo”, isto é, não ensine apenas o fazer, mas o pensar sobre o fazer. Também concluímos que os professores demonstraram perceber que educar para o lazer é auxiliar na reflexão dos alunos sobre suas escolhas de forma contextualizada, e se faz importante a ampliação do repertório e discussão, tanto das condições objetivas, como tempo, espaço, recursos financeiros, transporte e etc, disponíveis para a vivência do lazer, quanto subjetivas, principalmente o acervo cultural, para tornar possível a vivência deste direito.  Os professores analisados já caminham em direção a uma renovação de pensamento a partir das “boas práticas” que desenvolvem, pois almejam que seus alunos conquistem autonomia em suas escolhas no tempo/espaço do lazer.


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