TODOS OS SUJEITOS OCUPAM UM LUGAR NO ESPAÇO URBANO: A CIDADE DE PARANAGUÁ PARA TODOS?

Aline Bora Sieczko, Aline Tschoke Vivan

Resumo


Este artigo é um recorte feito a partir da pesquisa vinculada ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Cientifica (PIBIC), especificamente no projeto “As práticas corporais vivenciadas no tempo e espaço de lazer dos cidadãos do litoral do Paraná”. Tendo como objetivo perceber as formas de apropriação dos espaços de lazer de Paranaguá, e a forma como a cidade foi pensada não se torna acessível para todos estes espaços, pois, resulta em uma insegurança e em consequência uma não apropriação. Assim, é possível se questionar se todos os sujeitos ocupam um lugar no espaço urbano, todos teriam acesso à mesma cidade? Neste sentido, o artigo traz a ideia de várias cidades dentro de uma cidade, onde cada sujeito vivencia de forma diferente os espaços. Tudo isso, resulta em uma marginalidade de quem não faz parte do grupo que se encaixam na cidade em si, pensando que a mesma é pensada a partir de um grupos de sujeitos que pensam a cidade a partir de suas próprias necessidades e realidades, o que faz com que o direito à cidade seja esquecido, assim, todos os dias esses sujeitos têm que se apropriar dos espaços também como forma de resistência e reivindicá-lo, pois, pensando na mulher, no negro, no sujeito com necessidades especiais, a cidade não foi planejada para eles, seja por não acessibilidade, seja por violência, seja por assédio. Desta forma, para pensar a cidade de Paranaguá, foram visitados 11 espaços de lazer, sendo possível se perceber as sensações que eles trazem, se é presente aos olhos atentos, de que forma levam os sujeitos as ruas, entre outras questões. Porém, o foco desde artigo é a segurança nos espaços visitados. Logo, o mesmo está estruturado de forma a dar uma pequena introdução sobre o tema, trazer os conceitos utilizados, bem como os dados levantados durante toda a pesquisa, trazer os resultados obtidos e por fim uma pequena conclusão.


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