DIAGNÓSTICO DA EVASÃO DISCENTE NOS CURSOS SUPERIORES DE LICENCIATURA EM FÍSICA E EM CIÊNCIAS SOCIAIS DO CAMPUS PARANAGUÁ DO INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ

Gabriel Siqueira de Carvalho, Beatriz Bronislava Lipinski, Carmem Lúcia Graboski da Gama, Caroline Portela, Cintia de Souza Batista Tortato, Jiusandro Kuhn, Luiz Gustavo Pampu

Resumo


Esta pesquisa, realizada pelo GP-PLAIN[1], tem caráter institucional, educacional e confrontadora com a realidade dos Cursos Superiores de Licenciatura do Campus Paranaguá do Instituto Federal do Paraná: o alto índice de evasão. Para entender este fenômeno é fundamental estabelecer relações institucionais específicas com os alunos(as), enquanto eles(as) ainda estão presentes na sala de aula, tornando possível identificar fatores que contribuem para esse processo. Entre os fatores, estão aqueles que são consequências de problemas maiores, cujas soluções cabem ao debate mais amplo, acompanhado de ações afirmativas vindas de políticas públicas de esferas maiores. Porém, no processo de investigação mais minuciosa, é possível identificar alguns que são consequências de problemas na esfera institucional e que podem encontrar solução a partir de ações localizadas, vinculadas com as políticas institucionais de permanência para os alunos(as). O esforço deste trabalho está em identificar estes fatores locais e propor ações afirmativas institucionais que sejam eficientes em solucionar os possíveis problemas por eles gerados. A pesquisa se encontra na primeira fase, que consiste no levantamento de dados a partir da aplicação um questionário. A primeira análise dos dados quantitativos recolhidos entre 2016 e 2019 permitiu traçar o perfil dos alunos ativos dos Cursos Superiores de Licenciatura em Física e de Ciências Sociais. Estes estudantes são na maioria do sexo masculino, na Física e feminino nas Ciências Sociais, jovens e solteiros(as) com suposta facilidade para a área específica da licenciatura em que estão matriculados(as), com faixa de renda média de até R$800,00, moram longe do Campus, o que resulta em um alto custo de transporte e alimentação, formando assim um contexto desfavorável à permanência no curso. A localização do Campusse confirmou como um fator de avaliação negativa por parte dos alunos(as). As condições de alimentação também foram avaliadas de forma negativa. Para a segunda fase estão previstas entrevistas individuais a fim de aprofundar as questões levantadas aqui.

[1]  GP-PLAIN (Grupo de Pesquisa em Planejamento e Avaliação Institucional)

   dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/1815152001044024


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Referências


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